terça-feira, 29 de setembro de 2009

latente.

Os raios intensos e alvos escorriam suas volúpias na pele áspera do asfalto, as nuvens caminhavam vagarosamente no azul, como se o tempo não possuísse gravidade, gravíssimos segredos guardados no céu, desejo dos pássaros versados em cantos.
Uma tarde absurdamente comum, o calor crescia inclusive nas almas, e o vento, quase raro, sussurrava inconseqüências testemunhadas na noite morna anterior. O suor impregnado nos poros dançava nas testas de homens e mulheres, crianças e velhos (o calor não conhece exceção) e gritava o cansaço da existência, que poderia ser percebido também pelo arqueamento dos ombros e os passos cada vez mais lentos.
E os meus olhos, ainda não acostumados com a claridade, pediam socorro pelos labirintos das ruas e a multidão opaca, tudo era a necessidade pulsante de ver nas sombras irreverentes, que brincavam de mudar de lugar por puro castigo aos homens, o refúgio para os membros exaustos, os segredos expostos, as diferenças explícitas e deformidades aparentes demais, que o sol,apático a tudo, insistia em expor.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Reminiscência da pós-tempestade

Depois que o vento forte passou o que ficou foram algumas flores desbotadas pela rua e um gosto esquisito de saudade, que poderíamos sentir com a ponta dos dedos quando tateávamos os restos dos objetos que foram lançados por todos os lados...e também com o canto dos olhos, que já andavam constantemente com um riozinho raso preso entre os cílios empoeirados e as lembranças asfixiantes do que começou com uma brisa de manhã.
De certo, ficamos mais fortes, tivemos que aprender como se segurar nos tênues fios de vida que nos sobravam, e principalmente encontrar novos modos de carregar escombros deformados, que pelo tanto de lembranças que traziam em si, como tatuagem, ficavam consideravelmente mais pesados...
Do pranto imediato se fez o silêncio mais profundo, ora por respeito, ora por pesar, ora por solidão, ora por cansaço, e algumas vezes por não se conseguir pronunciar algo de válido e coerente diante da bagunça inevitável dos dias, ou noites, não haviam mais ponteiros corretos...

presentes.

gente, ganhei 3 presentinhos nestes ultimos dias. e vo tentar juntas todas as regras que eles trazem com eles, num post so.

primeiro. o selinho q ganhei da minha Madame favotita pede que fale 10 coisas sobre meu blog, e qnd eu tava escrevendo, eu percebi que era bem parecido com o que a querida Poetíssima pediu: escrevr 8 coisas sobre mim.entao la vai tudojunto mesmo:

-passional-apaixonada-inconformada-singular-livre-amigadasnuvens-intensa-ansiosa-radiante-extrovertida









esse ultimo, pede pra eu por a explicacao:
Verde: Simboliza os novos Amigos.
Amarelo: Representa a rodos os Amigos sempre ativos.
Azul: Simboliza nosso próprio status e o dos amigos com orgulho em alta.
Plataforma Vermelha: Simboliza que todos somos iguais, já sendo principiantes como os que levam um bom tempo no mundo do blogger, tudo isso se resume de uma única maneira, que todos temos a mesma cor, sangue e que todos somos irmãos.


E agora
indicados, hehe.
- madame (esses dois ultimos vc nao tem...)
- Tato
- Pequena poetisa
- Elis
- Desily
- Marcia (clarinha)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ao sol.

eu peço que fiques.
nao consigo sobreviver com o gosto amargo da escuridão que vai tomando sutilmente meus membros..meu corpo.
quero a tua luz que invade e sorri meus olhos,boca, e pele, tomando de repente meus poros, fazendo meus cabelos dourados e meus passos seguros.
eu imploro que fiques.
as horas rastejam quando os ponteiros submersos no negro nao encontram farol ou alento, e à meia noite o ar rarefeito se esconde de mim...
quero teus braços de luz me envolvendo por inteira.
e eu já nao me sinto só com tua incrivel capacidade de deixar em brasa meus sentidos.
ah,eu peço que fiques de uma vez por todas, more aqui..dentro de mim.