domingo, 30 de setembro de 2007

amá-lo

Amá-lo é libertar meus pulsos daquelas velhs amarrs de egoísmo, que sozinha me atei.
amá-lo é tirar os pesos dos meus lábios marcados e secos de febre de orgulho das noites de solidão que eu me embrulhava e rasgava leçois de passados.
amá-lo é voar com asas novas e seguras, por um céu de certezas claras que outrara eram estranhas, um céu de aventuras vívidas e novidades atraentemente belas.
amá-lo é voltar a ter luz no olhar, mesmo nao asbendo onde dar o próximo passo, a consciencia de que nao será em mais um precipicio de desilusoes.
amá-lo é conhecer-me a mim mesmo, e ter uma dança leve e sicnera no meu jeito de andar, falar,viver...
amá-lo é ter uma força tao poderosa a cada batida do coraçao que é capaz de mesmo a distancia o seu nome poder ser ouvido.
porque amá-lo eleva a minha alma.
e me transborda de amor.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

teorias e práticas.

eu só queria dizer que nem sempre as pessoas estao prontas para viver
com as ideologias que dizem se interessar, as vzes a força que emana de uma filosofia de vida é tao forte que chega ser assustadora. eu nao sei extamente no que voce diz crer,
mas sei que nao faz sentido nenhum se esse dizer nao se transforma em vida prática.
e eu tenho pensado muito sobre isso.
e tenho me decepcionado ao ver condutas e discursos.
pq discursos sao tao faceis de fazer.
e condutas complicadas de construir.
e parece que falar tem sido tao importante.
mas.. eu particularmente acho que vivemos vida, e nao frases.
e talvez o que nohs fazemos faça muito mais do que só falar.
viver o que fala.
falar o vive.
faz muito mais sentido pra mim.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

liberdade.

eu quis gritar e me deparei com o silêncio, mortal, pétrio, mais profundo de uma alma; me deparei com o terror do emudecimento, e mordi meus lábios de forma que um gostinho de sangue fluiu pela minha saliva. Levantei-me com cuidado e respirei uma poeira gasta que voava em circulos, ela me instigava a viver; pó, poeira e lágrima. Uma vitoria derrotada pela vaidade da voz dúbia que surgiu me atormentando o Dentro de mim.Bem no centro do meu peito. Delacerada. Exposta.
As armas se renderam e só o que restou foi a polvora nos dedos, e o cheiro esquisito de suor e chuva seca nas roupas poídas, que eram levadas pelo cicio fino e macio de uma brisa que ja nao era estranha para meus olhos secos de dor, úmidos de memorias, cheios de passados, fundos de guerras e vermehlos de derrotas. O vento. O sussurro. E enfim, de braços erguidos, trêmulos, exaustos... o gosto de libertadade.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

ela sempre fala.

eu esta aqui pensando sobre Hilda Hilst.
meu livro dela (Cantares) sumiu.. e eu ainda nao superei isso..sinto falta dela falando comigo nas madrugadas de insonia.
e eu estava aqui pensando quantas vzs essa mulher ja me levou a profundas
reflexoes, e como ela consegue falar umas coisas que ficam
engatadas na nossa garganta, e ou a gnt nao fala porque nao tem palavra pra explicar, ou porque a gente tem vergonha de expressar e prefere deixar guardado..
Hilda Hilst tem um jogo de palavras que me deixa boba. E um jogo de ideias que me fascina.
Eu nao sei se voces conseguem ouvir tudo o que eu ouço quando ela fala..
mas..vale a pena tentar ouvir.

Que canto há de cantar o que perdura?

A sombra, o sonho, o labirinto, o caos

A vertigem de ser, a asa, o grito.

Que mitos, meu amor, entre os lençóis:

O que tu pensas gozo é tão finito

E o que pensas amor é muito mais.

Como cobrir-te de pássaros e plumas

E ao mesmo tempo te dizer adeus

Porque imperfeito és carne e perecível

E o que eu desejo é luz e imaterial.

Que canto há de cantar o indefinível?

O toque sem tocar, o olhar sem ver

A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.

Como te amar, sem nunca merecer?

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

uma aprendizagem ou o livro dos prazeres.

eu vi lágrimas involuntárias rolando sobre o meu rosto.
era Lóri descobrindo a vida.
era Clarice revelando o Ser.
era Ulisses absorvendo a liberdade.
era Marta questionando o Eu.

eu nunca vi um livvro que se confundisse tanto com a realidade,
nao que ele conte a minha historia,
mas talvez a historia conte quem sou eu.

Chorando feito criança, nao conseguindo conter tanta luz
que irradiava do meu proprio peito; eu mordi a "imordível"
e "inalteravel" fruta da existencia. e eu ainda a vejo intacta, brilhando
na minha frente, e eu, ainda sinto seu gosto suavemente pesado, descendo pela minha lingua.

leiam: Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres,
Clarice Lispector.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

voce sabe?

sabe quando voce absorve tanto o mundo que tudo parece incrivelmente leve
tao leve que chega a pesar dentro de ti?
eh tanta leveza, eh tao sutil ao ponto de sufocar.

voce sai lendo as calçadas, voce sai lendo as nuves,
lê os olhares na rua, lê os semáforos, e as tintas das paredes.
e sua cabeça pesa de tenta informaçao,
tudo é tao claro que voce usa oculos escuro, e até de noite
cobre os olhos, pq as estrelas insistem em querer se comunicar tambem.

sabe quando tudo parece fazer parte de ti?
uma grande extensao do seu proprio ser?

seus braços nunca foram tao longos.
suas pernas nunca caminharam tantas distancias.
e seu sorriso nunca foi tao largo.
suas lagrimas nunca caíram com tanta facilidade.

voce sabe quando as palavras nao sao o bastante
e o seu silencio eh quase ensurdecedor?