segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Despedida

Você veio andando na minha direção mas olhando distraído para o outro lado, percebi que mastigavas rosas vermelhas e tentei (em vão) me aproximar.
Passaste por mim direto, cuspindo as flores na calçada, comentando um par de honestidades sobre o tempo, o vento, a cor do dia...que talvez terminasse em chuva.
Sem entender muita coisa...segurei meu coraçao nas mãos, bem na frente do corpo, e lancei-o as núvens...esperando que dessa vez as asas estivessem enfim mais fortes.
Um cheiro novo invadiu a praça e eu sorri vendo girassóis e margaridas dançando em passeata. Decidi seguí- las. Te acenei um adeus meio timido, meio rouco, e tu sorriste com um ar de compreensão, abraçando um outro caminho da encruzilhada.
Depois disso a música das flores me tomou de dentro pra fora, era uma solo, uma dança de novidade, e nos lábios um gosto bom de lembranças guardadas em caixas de doce.

18 comentários:

Anônimo disse...

Quem dera despedidas fossem assim tão suaves e doces...

lindo dia flor
beijos

Teresa disse...

e só isso fez as palavras tornarem-se doces também

=)

Nanda Bissiati disse...

Corações doces... nem a dor aguenta!

Me promete que ainda vou ter um livro (Marta) com dedicatória???

Me sinto muito bem aqui =)

Bjos Menina Flor

JONES DANIEL GIOVANELLA disse...

A síntese que oferece seus textos são realmente doces, mesmo que um tanto quanto difíceis ( não estou certo se está será uma palavra compreensível com o que quero que entenda).

Pois bem, me diga, você estudastes para escrever assim tão bem ou seria um dom, talvez ambos?

Estarei acompanhando seu blog.

Cuide-se.
Beijo.

Jana disse...

Quem dera se todas despedidas fossem tão fáceis assim...

beijos

Pequena Poetiza disse...

q triste
mas lindo demais

Unknown disse...

Era assim, como um sonho bom: havia flores coloridas, aromas suaves, campos verdejantes... havia um céu azul e claro... havia uma brisa suave que soprava como se beijasse as nossas faces... havia tanta coisa e o tempo era curto; tão breve que ao dizermos oi já estava implicito adeus. Porém, as aguas do curso da vida levaram nossos barcos a desaguarem em um lugar comum e lá nos vimos tao proximos e, ao mesmo tempo, tão distantes um do outro. Depois, a musica das flores, ou melhor, do ressoar das petulas, nos convidou a dançar, e girar, e girar uma dança de novidade e nos labios, no corpo, na alma,um gosto bom de lembranças guardadas em caixas de doce.

abraços (marta), até as próximas linhas.

Luiz disse...

Martita Alada, tuas asas estão te levando cada mais em direção ao sol. beijo

Anônimo disse...

Que despedida linda.......

Anônimo disse...

Beijos flor, muitos...

CLÁUDIA disse...

É uma arte saber fazer das despedidas um momento doce...

Bom Carnaval! ***

Rainha de Copas disse...

amo musica de flores, dias de cores e sorrisos com brilho. beijo. ;*

Cin disse...

Vc conseguiu tirar o tom amargo que geralmente resplandem nos textos de despedidas...
Ficou lindo!
Bjos!

Keidy Lee disse...

"Segurei meu coraçao nas mãos, bem na frente do corpo, e lancei-o as núvens...esperando que dessa vez as asas estivessem enfim mais fortes."

.

Jogadas ao vento, a fortificação vem dos ensinamentos que o vento trás e de sua absorção.

Beijos, estava com saudades daqui.

Mymy Ch. disse...

vc deu um toque doce, quase como que desejamos que as despedidas sejam, mesmo dificil ou com dor, elas existem e fazem parte do ciclo da vida, só nos resta tirar o melhor do que foram, adorei seu texto moça ;*

Larissa Cavadas disse...

as despedidas poderiam ter cheiro de rosas e sabor tão doce quanto suas palavras
;**

Má Khalil disse...

Olá Marta, grata pela visita no meu blog.

Suas palavras são como nuvens que pairam no alto e vislubram o horizonte, somente um ser alado para aguarrá-las e colocá-las delicadamente organizadas.


Volte sempre.
Abraços, até.

Flor disse...

Nunca gostei de despedidas... E esta parece tão doce!

=)

*