quando nasço tardia, abrindo os olhos cansados e respirando ar antigo (daqueles misturados com bolor) me encontro com a dor caduca que por vezes conversa comigo pela madrugada... conto a ela que quero caminhar com a graça dos vivos que sorriem por pertencerem a corpos viris. quero viver sem ter vergonha de expor minha alma pelos meus olhos. quero ter voz suficientemente forte como o tamanho dos sonhos infantis. quero a inocência muda de acreditar no novo,de novo.
Quando eu renascer em cores vivas, minha dança ofuscará a dor do mundo. meus passos farão brotar flores que envergonharão o famigerado caos. quando eu renascer nas dimensões do universo trarei nome de rainha humilde, e voz forte e gentil. serei inconfundivelmente: eu.
enquanto isso, tardo na cadência de ser mais um.
fui.
Há 3 meses