terça-feira, 9 de novembro de 2010

narrativa.

ela permanecia imóvel. a luz entrecortada pela respiração rarefeita e os olhos vermelhos que quase saltavam das órbitas. as veias desistiam do sangue, as horas desistiam do percurso-circular, e as palavras não se encontravam.
ele segurava a verdade como um buquê projetado na frente do seu peito. rosas. margaridas e girassóis amarelos. sorria como se o caos não pertencesse ao mundo real. realidade particular.a dois.
mesmo tremendo, as mãos se encontraram bem no meio do caminho. mesmo medrosos, os lábios se pertenciam.
e no final do dia o que se via era luz.forte como morte. mais forte que vida. meio dia à meia noite. sol inundando. a verdade sobrevive. o amor prevalece.