sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sentido.

De onde as cores brilham como fogo, e tudo parece rimar com calmaria. Teu nome. O meu. O nosso. A linha contínua das nossas mãos entrelaçadas. Eu sussurro no escorrer dos dias preces e desejos de nós dois. Se te adoro é por me decorares tão bem, se te guardo nos olhos é por não querer nunca te deixar partir. De onde o abraço é aconchego certo e tudo parece cantar a mesma melodia. Teu corpo. O meu. O nosso. A constante de nossas vidas numa nota só.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Do que não exponho

O eco que o silêncio produz é reverberado por entre o dentro mais dentro que possuo. O mínimo movimento, mesmo mudo, incomoda. Do lado feito segredo não existe escuridão, luz, cor ou escalas de cinza, aqui, é tudo opaco. É o não dito, não pensado, sonhado ou quisto.
Dos movimentos abstratos e exagerados relacionados ao corpo visível, fica o essencial engasgado no oco das paredes esquecidas. Um amontoado não explorado, texto não lido, verdades talvez jamais traduzidas, regras não transgredidas... ali tenho medo da voz alta, o grito comum do cotidiano amedronta. Machucados ou não, cicatrizes ou carnes-vivas, do lado não exposto pouco importa nomenclaturas. O que se precisa é sossego, a olvides necessária do tempo.