segunda-feira, 30 de março de 2009

Solitude.

Meu universo paralelo, meu cantinho particular. meu intermundo. meu espaço inconfundivel. Te encontro nos livros, nas bossas e nos sorrisos. Onde o tempo não tem relogio, onde as horas não se conhecem e o clima sempre tem cheiro de primavera. Ali, aprendo a me afogar em silencio bom, renascer em rimas e melodias, aprendo a como olhar pra dentro de mim e me deparar com a beleza, e com sonhos lindos que eu havia esquecido por conta das cicatrizes tão evidentes que vou adquirindo pelo caminho.
Ali, sinto meus pés deixando o chão bem devagar, a gravidade pedindo licença e impulsionando minhas asas...e de repente sou e e o azul. Infinitamente azul. E tudo o que eu quero: é morar nesse azul. cheio de paz. bonito demais.
Sinto o meu corpo todo se entregando, minha pele é beijada pelo sol , as nuvens me conhecem, e o vento passa sussurrando eternidades e poesias no meu ouvido.
Meu universo paralelo, passo o dia te procurando pelas ruas, nos olhares, nos sabores, nas palavras e segredos. Vens em entrelinhas, as vezes fora de contextos explicitos, e chegas assim...me arrebatando toda, me deixando boba e me dizendo que ainda é possivel sorrir.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Voz.

Eu quero a voz da verdade que quando usada transforma o mundo gris em arco-iris, transforma guerrilhas em paz, solidão em aconchego, e asfalto em jardim. Quero que ao falar a melodia desprenda cadeias, liberte cativos, salve crianças da escravidão e coloque sorriso no rosto dos velhos.
Poque me incomoda e eu não consigo disfarçar, me impulsiona em um grito de dentro pra fora, e subtamente quero falar e falar e não só babulciar banalidades.
Eu quero voz de mundança, de progresso, de novidade.
Que nao se segura, que não se abala. Que não se conforma com a injustiça e não procura seus interesses. Quero voz que seque lágrimas, adormeça pranto, acolha rejeitados, traga ritmo a corações roucos, tire dormencia da impessoalidade, que seja farol e devolva sonhos perdidos.
Quero voz de revolução, dessas sem armas com abraços e flores..voz que só vai cessar quando o universo inteiro estiver cantando a mesma canção.

terça-feira, 3 de março de 2009

desapego.

Eu te vi chorando atrás da porta. Quis abrir e te abraçar. Quis rir do passado e dizer que estava tudo bem. Quis te oferecer meu colo, meu ombro, minha paz.
Mas segurei as chaves contra o peito, derramei um pranto silencioso, e deixei a luz apagada.
Bateste algumas vezes na madeira com o punho fraco, e eu sentia meu próprio coraçao batendo mais devagar.
Não sei se essa tortura durou horas ou dias, meu relógio ficou na caixa de coisas que tive de devolver, mas depois disso veio o silêncio, e os passos na direçao oposta. Pedi aos céus que desanuviassem os meus olhos e que te levassem em paz por esse caminho desconhecido que existe por tras dessa porta, esse reino que parece crescer de dentro pra fora.